Dislexia

A Dislexia é considerado um disturbio de leitura, o individuo com Dislexia apresenta dificuldade com a identificação dos símbolos gráficos. A Dislexia não deve ser causa de vergonha para o aluno, nem para sua família e menos ainda, motivo de "chacotas" em sala de aula. Esta dificuldade de aprendizagem, não significa falta de inteligência, pelo contrário, grandes nomes da ciencias, das artes, da literatura foram e são disléxicos. As causas da Dislexia são neurobiológicas e genéticas, os individuos com Dislexia processam informações em uma área diferente do seu cérebro, não obstante, os cérebros dos disléxicos são normais. Myklebust cita que a Dislexia é um "deficit na capacidade de simbolizar, começa a se definir a aprtir da necessidade que tem a criança de lidar receptivamente ou expressivamente com a representação da realidade, ou antes, com a simbolização da realidade, ou poderíamos também dizer, com a nomeação do mundo". Para a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), as principais dificuldades apresentadas pela criança disléxica são:

Demora a aprender a falar, a fazer laço no cadarço, a reconhecer as horas, a pegar e chutar bola, a pular corda, lembrar tabuada, confunde-se com horário, datas, lugares, números de telefone, entre outros. Os disléxicos são indivíduos inteligentes. Existem várias personalidades na ciencia, cinema, literatura, que são, ou, foram disléxicos, com: Walt Disney; Einstein; Tom Cruise; entre ooutros. A smpsicopedagogia consultoria orienta você e sua equipe pedagógica na questão da Dislexia. Entre em contato conosco!

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www.buzzero.com/sonia-silva/curso-online-Dislexia-algumas-lendas-relacionadas-a-esta-dificuldade-de-aprendizagem.html

 

Dislexia

Síndrome de Irlen é tema discutido na TV Record

23/04/2011 15:31
Dificuldades com a leitura, dores de cabeça e hipersensibilidade a luz são alguns dos sintomas da Síndrome de Irlen. A Dra. Márcia Guimarães, especialista no assunto, explica, em entrevista a TV Record, porque para alguns estudar pode ser tão...

A dislexia é um distúrbio oculto', diz professor que tem o transtorno

José Rigoni Júnior e Vitor Campos descobriram que eram disléxicos aos 18 anos.
Com tratamento adequado, eles superaram as dificuldades.
José Rigoni Júnior, de 26 anos, pode ser considerado um bom exemplo de superação das dificuldades provocadas pela dislexia. Portador do distúrbio, ele terminou o curso superior de geografia na Universidade de São Paulo (USP) e mais que isso: hoje é professor no colégio Objetivo, em São Paulo.

Júnior só descobriu que era disléxico com 18 anos, quando já era universitário. Antes disso, foi reprovado cinco vezes no colégio e terminou o ensino médio com cursos de supletivo. Resolveu prestar Fuvest "com a cara e a coragem", como ele mesmo define, e se deu mal no primeiro vestibular - zerando na redação, aplicada na segunda fase.

Entenda a dislexia

"Eu tinha certeza que passaria no vestibular só com as respostas da prova. Só que eu não sabia que era disléxico, então não pedi tempo adicional e minha redação não foi corrigida respeitando as limitações do disléxico", disse o professor. Sabendo que tinha dificuldades na escrita, fez cursinho e treinou muito para escrever corretamente. Prestou USP de novo e passou no vestibular para o curso de letras, antes de tentar transferência interna para o curso de geografia.


Professor de lingüística percebeu o problema

"Escolhi letras porque era o curso que tinha mais vagas e eu queria estudar na USP. Logo no primeiro ano um professor de lingüística percebeu as minhas dificuldades e levantou a hipótese de eu ser disléxico. Fiz todos os exames e chegaram ao diagnóstico. Foi aí que eu comecei o meu tratamento", contou Júnior.

O professor diz que o tratamento melhorou o seu transtorno em 90%, mas ele admite que ainda escreve muitas palavras erradas. Como professor, evita escrever na lousa e avisa os alunos desde o começo das aulas que é disléxico.

"A minha escrita é ruim e acho que ainda vai demorar muito para melhorar. Em sala de aula não sinto preconceito, quando os alunos me corrigem eu até brinco. O preconceito maior sinto de outros professores que desconhecem o problema e acham que é frescura. A dislexia é um distúrbio oculto, não causa comoção", afirmou.

 

Nem médicos reconhecem a dislexia
As reguadas nas mãos e as aulas sentado sozinho, no canto da sala, são algumas das lembranças escolares de Dorival Câmara Leme, de 51 anos.
Seus professores nunca conseguiram perceber que ele, em vez de preguiçoso, era disléxico. Essa dificuldade para identificar o transtorno atinge 70% dos profissionais de saúde e educação envolvidos diretamente no diagnóstico do problema, segundo um estudo da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).

Leme só descobriu que tinha dislexia aos 49 anos. O distúrbio compromete a aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. Em geral, a criança é bastante inteligente, mas seu desempenho escolar é fraco. Até descobrir o transtorno, Leme conta que viveu com a sensação de que tinha 'alguma coisa errada' com ele. 'Mas não sabia o que era. Quando descobri que era disléxico foi um alívio saber que eu não era um óvni, um estranho no ninho', brinca ele, que é engenheiro. 'Se eu tivesse descoberto antes, acho que teria sido muito bom para a minha autoestima, eu cresceria ainda mais bem resolvido.'

O diagnóstico precoce é capaz de evitar 'sequelas emocionais', explica a psicopedagoga Debora Silva de Castro Pereira, doutora em educação pela Universidade Autonoma de Barcelona. 'A pessoa (não diagnosticada) cresce achando que tem limitações e sofre por errar muito. Quando descobre que é disléxica na fase adulta, começa a entender as dificuldades', avalia.

Há vários sinais que podem servir de pista para suspeitar de dislexia (veja ao lado). Mas, na pesquisa da Santa Casa, os 186 profissionais analisados - entre pedagogos, fonoaudiólogos, pediatras e psiquiatras - tiveram um baixo desempenho ao responder um teste com 15 questões de múltipla escolha que traziam informações essenciais sobre o distúrbio.

'São profissionais de especialidades envolvidas com o diagnóstico e acompanhamento dos casos e, portanto, deveriam ter um conhecimento básico', explica Ana Luiza Navas, professora do curso de Fonoaudiologia da FCMSCSP e orientadora do estudo. Para ela, falta uma formação contínua para os profissionais. 'Os melhores no teste foram os psicopedagogos e neuropsicólogos', completa.

'Quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor para a criança, para a família e para a escola, que poderá trabalhar melhor com o aluno', explica a fonoaudióloga Maria Angela Nogueira Nico, psicopedagoga e coordenadora científica da Associação Brasileira de Dislexia (ABD).

Se não for diagnosticado, o disléxico fica mais suscetível a problemas emocionais. 'Pode achar que é burro, quando na verdade o disléxico é inteligente', afirma Maria Angela. Ela frisa que o problema não tem relação com déficits intelectuais. O célebre físico Albert Einstein, por exemplo, era disléxico. 'Qualquer problema cognitivo, intelectual, já descarta a possibilidade de a pessoa ser disléxica.'

'Diagnóstico não é tão simples'

As especialistas ouvidas pelo JT explicam que o diagnóstico da dislexia não é simples. 'Depende de uma avaliação multidisciplinar', diz Ana Luiza Navas, professora do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Para o distúrbio ser confirmado, o individuo é submetido a avaliação de pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, pediatras, entre outros profissionais.

Outra dificuldade no diagnóstico brasileiro são as falhas no sistema educacional. Há crianças que não aprenderam porque não tiveram oportunidades adequadas.

'O diagnóstico só pode ser feito após a alfabetização', ressalta Debora Silva de Castro Pereira, doutora em educação pela Universidade Autonoma de Barcelona. 'Até lá, as dificuldades são comuns', explica.

Já o tratamento depende da faixa etária, segundo Maria Angela Nogueira Nico, coordenadora científica da Associação Nacional de Dislexia (ABD). 'Os pequenos, no começo da alfabetização, são acompanhados por fonoaudiólogos e psicopedagogos. Adolescentes e adultos também costumam contar com o acompanhamento de psicólogos.

A dislexia afeta cerca de 4% da população estudantil, segundo estimativas da ABD. Há, inclusive, famosos que têm o problema, como é o caso do ator norte-americano Tom Cruise.

Conheça os sinais de alerta: PRÉ-ESCOLA O fato de a criança apresentar alguns dos sintomas abaixo não significa necessariamente que ela seja disléxica. Especialistas recomendam aguardar o processo de alfabetização, mas nessa fase há sinais que merecem atenção: Dispersão Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem Dificuldade em aprender rimas e canções Baixo desenvolvimento da coordenação motora Dificuldade com quebra cabeça Falta de interesse por livros impressos

IDADE ESCOLAR Caso a criança continue apresentando alguns dos sintomas é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado - para que possa dar continuidade aos estudos e evitar sequelas emocionais: Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita Desatenção e dispersão Dificuldade em copiar conteúdos de livros e da lousa Desorganização geral Confusão entre esquerda e direita Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas

ADULTO Sem receber um diagnóstico ou o acompanhamento adequado, o disléxico poderá apresentar uma série de problemas secundários, desencadeados pela dislexia: Dificuldade na leitura e escrita Memória imediata prejudicada Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia) Dificuldade em organização Prejuízos afetivos e emocionais, tais como depressão, ansiedade, baixa autoestima e, em alguns casos, tendência ao consumo de drogas e álcool.

 

Fonte: Estadão

A pessoa dislexa tem dificuldade em ler, escrever, soletrar.

A pessoa dislexa tem dificuldade em ler, escrever, soletrar.

A dislexia é um transtorno genético e hereditário presente em aproximadamente 10% da população mundial, podendo também ser causada pela produção exacerbada de testosterona pela mãe, durante a gestação.

Muitas vezes confundida com déficit de atenção, problemas psicológicos, ou mesmo preguiça; esse transtorno se caracteriza pela dificuldade do indivíduo em decodificar símbolos, ler, escrever, soletrar, compreender um texto, reconhecer fonemas, exercer tarefas relacionadas à coordenação motora; e pelo hábito de trocar, inverter, omitir ou acrescentar letras/palavras ao escrever.

Indivíduos disléxicos possuem a área lateral-direita do cérebro mais desenvolvida que a de pessoas que não possuem essa síndrome, tendo geralmente, por tal motivo, mais facilidade em questões relacionadas à criatividade, solução de problemas, mecânica e esportes.

Levando em consideração o despreparo que muitas instituições de ensino têm em relação às particularidades dos alunos - muitas vezes, inclusive, criando e reforçando estigmas – esse comportamento é responsável por uma grande parcela das causas de evasão escolar. Além disso, muitos casos de suicídio e de violência juvenil têm sido associados aos portadores dessa síndrome; comportamentos estes muitas vezes relacionados às alterações emocionais decorrentes das suas dificuldades.

O diagnóstico consiste na análise do paciente, geralmente por equipe multidisciplinar (psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo, etc.), excluindo outras possíveis causas. Tal avaliação permite que o acompanhamento seja feito de forma mais eficaz, já que leva em consideração suas particularidades individuais.

O tratamento embora não tenha cura, auxilia o paciente quanto às suas limitações, permitindo uma melhora progressiva e evitando, assim, que sofra problemas sérios relacionados à autoestima e socialização.


Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

 

 

Mais um artigo sobre Dislexia para auxiliar nas pesquisas. Autora: Amelia Hamze. Vale a pena ler!

 

Ref: Vicente Martins

Autora: Amelia Hamze

Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos

 

DISLEXIA é um distúrbio da linguagem e caracteriza-se pela dificuldade em reconhecer e ler palavras. Pesquisas revelam que cerca de 15% da população mundial é disléxica.


A Dislexia tem sempre como causa elementar a relação espacial desvirtuada, fazendo com que a criança não consiga compreender suficientemente os identificadores da escrita. Não é um problema de inteligência, nem uma deficiência visual ou auditiva, tampouco um problema afetivo-emocional. Temos várias pessoas famosas disléxicas, tais como: Leonardo da Vinci, Tom Cruise, Einstein, Nelson Rockefeller, Hans Christian Andersen, Bill Gates, Anthony Hopkins, Pasteur, Júlio Verne, Spielberg e Agatha Christie, entre muitos outros. A dislexia, muitas vezes é confundida com problemas comuns de aprendizagem. As dificuldades de aprendizagem, advindas da dislexia, são alterações provenientes das dificuldades características da operacionalidade lingüística, que tem na leitura e na escrita suas estratégias primordiais.

A dislexia se caracteriza como um distúrbio da coordenação do desempenho cerebral, e que é necessária no período da aprendizagem da leitura, e nada tem a ver com o coeficiente mental, pois é comum que pessoas muito inteligentes apresentem este problema. Os sintomas são vários, vão desde a impossibilidade geral de entender o símbolo escrito até a dificuldade em reconhecer as letras b - d, p - q, m - n, d-t e c-q, entre outras.


Os disléxicos tem dificuldade em ler frases simples, atrapalham-se com os sons e significados das palavras. Nós, educadores, devemos estar atentos quando nos relacionarmos com alunos espertos e saudáveis, que apresentam dificuldade de ler e entender o que lê. Devemos pesquisar se há histórico de acontecimento de dislexia na família, pois essa informação é muito importante para profissionais habilitados como psicólogos e psicopedagogos. Não se rejeita a possibilidade de que o disléxico seja um indivíduo superdotado, com uma aptidão mental especial, inventivo, produtivo e com capacidade de liderança. Esse sintoma (dislexia), pode afetar a aprendizagem da leitura e escrita, porém não danifica a criatividade, idéias, talentos e aspirações. Como a linguagem é fundamental para o sucesso escolar, os disléxicos lidam quase sempre com a dificuldade de calcular, porque deparam com dificuldades em entender os enunciados das questões matemáticas. Podemos dizer que, todo disléxico é verdadeiramente um mau leitor, mas nem todo mau leitor é um disléxico. As crianças disléxicas são comumente tristes e ou agressivas devido a ocorrência de seu empenho para suplantar as dificuldades não alcançarem em regra os resultados ambicionados. Não existe cura para a dislexia, pois sendo um distúrbio, o disléxico sempre será disléxico. O aluno disléxico deverá ter um acompanhamento especial, particularizado, seqüencial e cumulativo, pois só assim terá condições de crescer de maneira aceitável e alcançar amplo sucesso, devemos sempre respeitar o seu ritmo. Uma excelente estratégia é trabalhar a auto estima, induzindo-o a restabelecer a confiança em si próprio, valorizando o que ele tem prazer em fazer e faz bem feito. Devemos destacar os acertos, e não realçar os erros. Enfim o disléxico tem uma dificuldade, não uma impossibilidade e ao receber um tratamento adequado pode não apenas sobrepujar essa dificuldade, mas até utilizá-la como melhoramento para se destacar pessoal, social e profissionalmente.